terça-feira, 15 de março de 2011

Amor silenciado...

Peço que traga cordas para os meus pés atar, que não me levem ao delírio que é ao teu lado estar, que não me guiem por motivos que a razão não reconhece e a alma não domina a buscarem sempre a ti como alvo em minha vida...
Que de minhas mãos façam com algemas, e cadeados, exaurindo-as de modo a não poder expressar o movimento que se segue do peito, e falar a ponta dos dedos, a denunciar com gestos o calor dos sentimentos...
 Aos olhos enclausurem-se em quartos escuros, que não te sigam com seus brilhos irriquietos, que não façam escoar lágrimas na sua ausência...
E que a boca se cale em torno do seu nome, que não diga de tí sequer uma palavra que aufira o valor, a beleza, e o sentimento que contém....
Quem sabe desta feita em condição outra estaria eu...que não esta, de gritar o clamor da vida desse seu universo, onde o corpo não mais denunciaria a vã tentativa que me cerca de se aproximar de tua alma...