Arremessei uma pedra ao longe,
mirei no horizonte, fixei sua morada nas estrelas
com tanto esforço, entrega e devoção ao seu vôo longitudinal
a pedra recaiu no meu peito, e feriu tanto que a hora mais doce da manhã me pareceu amarga
Sugiro aqueles amantes da lua
sentarem-se presos ao teu brilho, mas que não afastem seu fulgor
que a tratem como um hóspede que habita a imensidão,
que não lhe façam juras de amor, pois todas as manhãs sofrerão a sua perda
Demasiada pressa diluindo o amor próprio
e desta forma com pedras e ausências de lua
que comtemplo essa doce ferida azul que brilha no meu peito
que sucumbe às tuas idas e vindas.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Inspiration Dream
A professora de artes se dirige aos alunos e diz:
- Deixem-me ler a vocês uma carta de Madre Tereza de Calcutá...Vejam bem, não sou católica, mas não é bem isto o que nos interessa aqui, o que nos interessa na carta é seu conteúdo...
Um dos alunos se manifesta, um homem de meia idade e também o mais erudito da sala, vocifera abjetando veementemente:
-Eu sou contra...prefiro saber sobre documentos ligados a história da arte, ou sobre a técnica da pintura.
A professora fixa o olhar nos atentos olhos azuis do interpelador, contornados por suas feições já
encarquilhadas pelo tempo, e lhe diz em um só folêgo e toda a firmeza que alguém pode ter ao deixar falar uma verdade que lhe grita ao peito:
-Como pode querer pintar o sol, se você não o aprecia? Se você não olha para ele? Como você pode querer fazer coisas belas se não se atenta à beleza? Se não a vê ao seu redor? nas coisas e nas pessoas...como poderá ser um artista?...Estou falando de inspiração! Estou falando de inspiração!
Todos se calam.
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