sábado, 19 de maio de 2012

Luz

Fixei morada no relâmpago da tua presença,
dos teus passos e perfumes, dos teus ombros,
da tuas iras e das nossas poesias.
Injustas horas que atropelam o relógio na tua estadia...
A graça do teu riso três séculos ou mais atropelaria
a beleza tua a do lírio do campo afugentaria.
Ainda que distante de ti, te sinta,
não são mais do que sombras ao meu redor,
espectros da tua presença todo o resto de coisas
apenas sinais, setas apontando a sua ausência.

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