quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ausência

Arremessei uma pedra ao longe,
mirei no horizonte, fixei sua morada nas estrelas
com tanto esforço, entrega e devoção ao seu vôo longitudinal
a pedra recaiu no meu peito, e feriu tanto que a hora mais doce da manhã me pareceu amarga

Sugiro aqueles amantes da lua
sentarem-se presos ao teu brilho, mas que não afastem seu fulgor
que a tratem como um hóspede que habita a imensidão,
que não lhe façam juras de amor, pois todas as manhãs sofrerão a sua perda

Demasiada pressa diluindo o amor próprio
e desta forma com pedras e ausências de lua
que comtemplo essa doce ferida azul que brilha no meu peito
que sucumbe às tuas idas e vindas.

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