Não sei me dar aos pedaços
temer a vida, despistar os tropeços
Prefiro o gosto amargo de qualquer hoje
Ao nunca chegado perfeito amanhã.
Para não temer o embuste alheio
a mim própria me embusteio.
Creio não fazer mal um exagero de crença
e de escolha no agora que possuo.
Se acaso for o amanhã trapaceiro
tal qual o amigo que pensava possuir
não nego a lágrima e a dor no peito
mas nem a felicidade que ontem senti.
São cegos ao eterno devir
os que planos fazem com o porvir
Que castelos constroem com suas ideias
que possa ser melhor do que a vida que lhes grita?
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