sábado, 27 de novembro de 2010

                                                SER-SEN-TIR

         Não podemos calar uma dor, já dizia Freud, ´´se a boca se cala falam as pontas dos dedos``, penso que não podemos é calar tudo o que somos, não somente toda a dor que nos acompanha nos atos, neles são refletidos nosso quadro vivido, como pintamos a existência, que cores que tonalidades usamos.
      
       Cada suspiro, cada sorriso, a direção de um olhar, o modo como abraçamos alguém, e parece que sabemos muito bem quando os atos não são coerentes com as palavras. Sentimos quando não existe coesão nos olhos de quem nos fala, no sorriso que nos saúda, no aperto de mão que não vibra amizade, espontâneamente nos denunciamos o tempo todo, nenhuma maquiagem pode cobrir o que somos nem mesmo as palavras que dizemos.

        Se algumas pessoas nos vêem, nos sentem pelo que sentem e não pelo que somos, neste caso indiferentes são a tais contrasensos , pois nos vivem pelo que querem, manipulam qualquer palavra, acreditam em qualquer sorriso , por assim acreditarem , assim nos tratam, as palavras vazias de seus atos incoerentes tencionam nosso ser enganar, de fato enganam-se, enganar a outrem é impossível, se somos incoerentes com o que sentimos não é a outro que enganamos.

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