quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Efêmera e fugaz

           A vida é diria Shakespeare, um ´´conto contado por um idiota, cheio de sons e com muita fúria e significando nada``, eu diria que dependendo do idiota ela pode significar muito, em verdade é isto, a vida é o que fazemos dela, e fazemos algo dela a cada segundo.
        A cada segundo podemos tornar a vida algo extremamente valioso, ou apenas despender nossa energia para respirar, assim nos equipararmos aos peixes, com a ressalva de que eles sobrevivem debaixo da água e nós não.
      Estava a conversar com uma amiga ontem, dizíamos sobre a fragilidade de apostar a felicidade em metas e objetivos, a vida se faz, ou melhor a fazemos a cada simples ato como os atos corriqueiros de tomar banho, alimentar-se, caminhar, estudar..., teimamos porem a lhe atribuir o estatuto de privilégio a alguns momentos apenas, deixando os outros ao acaso, como molduras de um tempo que está por vir ou que já passou.
      Somente o agora pode dar algum significado para a vida, ainda que estejamos a rememorar o passado ou a confabular acerca do futuro, é no agora que pode-se desvelar algum sentido, alguma relação significativa nesse contexto transtemporal. Se não temos o agora, em suma, não vivemos, e não é tão incomum perder da vista o hoje, o instante atual.
      É no momento presente que fazemos com que o ´´conto`` não seja apenas ´´sons significando nada``.

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